Suínos e frangos também batem recordes de abates no terceiro trimestre de 2024

Pela primeira vez, o abate de bovinos ultrapassou a marca de 10 milhões de cabeças em um trimestre no Brasil. O volume foi registrado no terceiro trimestre de 2024, com um total de 10,37 milhões de bovinos abatidos no período — uma alta de 3,9% frente ao segundo trimestre e de 15,3% se comparado ao terceiro trimestre de 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 05, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O abate de fêmea bovina aumentou 19,6% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o abate de machos subiu 12,5%. O motivo, segundo o IBGE, é a queda do preço dos bezerros no comparativo anual.

Em nota, a gerente da pesquisa, Angela Lordão, disse que o país caminha para um recorde anual, a depender do resultado do quarto trimestre. “Estamos com uma boa oferta de animais, fruto de uma retenção de fêmeas que tivemos do final de 2019 a 2021”, explicou.

Angela também explicou que há uma grande demanda pela carne bovina tanto no mercado interno, quanto no exterior. As exportações de bovinos no terceiro trimestre atingiram o recorde de 706,43 mil toneladas, um aumento de 30,6% na comparação anual, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (SECEX/MDIC).

Recordes no abate de suínos e frangos
O abate de suínos e de frangos também bateu recordes. No terceiro trimestre de 2024 foram abatidos 1,62 bilhão de cabeças de frango, um aumento de 0,8% frente ao segundo trimestre e de 2,8% se comparado ao mesmo período do ano passado. Já o abate de suínos foi de 14,95 milhões de cabeças, com um aumento de 2,6% na comparação com o segundo trimestre e de 2,1% em relação a 2023.

Segundo a análise do IBGE, a exportação da carne suína voltou a crescer e também atingiu um novo recorde trimestral, assim como as exportações da carne de frango, que continuaram em alta no período e alcançaram o segundo melhor resultado da série histórica da SECEX. 

Produção de ovos de galinha também bate recorde
O levantamento do IBGE também mostra um aumento de 10,3% na produção de ovos de galinha que, no terceiro trimestre de 2024, chegou a 1,2 bilhão de dúzias. Em relação ao segundo trimestre, o aumento foi de 3,0%, atingindo um novo recorde na série histórica. Segundo a pesquisadora do IBGE, Angela Leão, “[os ovos] são a proteína mais acessível para a população e têm um preço menos elevado. Tivemos uma oferta bem maior, principalmente dos ovos para consumo, que levou a uma queda de preços”.

Já a aquisição de leite cru foi de 6,3 bilhões de litros no terceiro trimestre, um recuo de 0,3% em relação ao mesmo período de 2023, mas uma melhora de 7,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O preço médio pago ao produtor foi de R$ 2,80, um aumento de 7,7% em comparação com o segundo trimestre e de 20,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado.