A safra total de grãos e oleaginosas do Brasil em 2022/23 vai superar 320 milhões de toneladas, marcando um novo recorde, com crescimento próximo de 50 milhões de toneladas na comparação com a temporada anterior, apontou relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira (11).
O forte aumento se deve a grandes safras de soja e milho, disse a Conab em seu 11º relatório mensal sobre o ciclo 22/23, quando o Brasil aumentou a produção contando com ganhos de 5% na área plantada, chegando a 78,3 milhões de hectares, e elevou em 11,8% a produtividade média, para 4.086 kg/ha.
A colheita total de milho 2022/23 do país foi estimada em cerca de 130 milhões de toneladas, aumento de 2,2 milhões de toneladas na comparação com a previsão de julho.
O avanço refletiu principalmente uma melhor expectativa para a segunda safra de milho, prevista agora em 100,2 milhões de toneladas, versus 98 milhões anteriormente. A safra de inverno do cereal está em colheita.
Em relação à temporada anterior, a produção total de milho do Brasil deve saltar 16,8 milhões de toneladas.
Assim, a Conab também elevou sua previsão para as exportações brasileiras de milho a 50 milhões de toneladas, ante 48 milhões esperadas no relatório de julho.
O Brasil é o maior exportador global de soja e milho.
Para a soja, foram mantidas as previsões da safra 2022/23 em 154,6 milhões de toneladas, com exportações de 95,6 milhões de toneladas.
No caso da oleaginosa, com colheita realizada no primeiro semestre, o aumento de produção é de 29 milhões de toneladas na comparação com o ciclo passado, atingido por uma seca no Sul.
Dentre os produtos de inverno, a semeadura das lavouras foi praticamente finalizada em julho. Principal cultivo deste período, o trigo registra um crescimento na área plantada de 11,2%, chegando a 3,4 milhões de hectares.
Com isso, a produção está estimada em 10,4 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido na safra anterior, quando o país teve um recorde.
No próximo mês, a Conab divulgará o seu 12º levantamento da safra 2022/23, antes de começar a tratar nos próximos relatórios sobre o novo ciclo (2023/24).