As recentes quedas de preço do óleo diesel evitaram com que o custo do frete avançasse muito no país nesse período de colheita de soja. É o que analisa o pesquisador Fernando Bastiani, do grupo de pesquisa e extensão em logística da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq Log).
Em entrevista ao Canal Rural, Bastiani lembrou que do começo do ano para cá o combustível — que é utilizado em caminhões que escoam a produção agrícola para portos e entrepostos — viu o seu valor ser reajustado para baixo em mais de uma ocasião.
“Nos últimos dois meses, observamos três reajustes negativos no preço nacional do óleo diesel, que acompanhou a política de preços da Petrobras”, disse o pesquisador ao participar da edição desta quarta-feira (29) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
“De certa forma, isso [diesel mais barato] inibiu um pouco o aumento do preço do frete” — Fernando Bastiani
Ele reforçou que o custo do frete aumentou, mas menos do que inicialmente era aguardado para esta fase da safra. “De certa forma, isso [diesel mais barato] inibiu um pouco o aumento do preço do frete”, prosseguiu Bastiani ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva.
Para frete mais previsível é importante investir em mais modais de transporte, diz entrevistado
Ao Canal Rural, Fernando Bastiani externou a necessidade de se investir em mais modais de transporte para o escoamento da produção agrícola brasileira. De acordo com ele, caminhões só deveriam ser utilizados para pequenas distâncias, com trajetos mais longos sendo reservados aos modelos ferroviário e hidroviário.
Assim, acredita que o custo do frete ficará mais estável, previsível, sem sofrer oscilações porque entregas estão atrasadas por causa, por exemplo, de caminhões atolados nas estradas.