A área total semeada com arroz no Rio Grande do Sul foi de 839.972 hectares, uma redução de 12% em relação à safra passada (957.185 ha).
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou os dados da semeadura da safra 2022/2023 nesta terça-feira (14/02/2023), na Abertura Oficial da Colheita de Arroz.
“O corte foi maior que o estimado na intenção de plantio, que era de 10%”, diz a engenheira agrônoma Flávia Miyuki Tomita, diretora técnica do Irga. “Todas as regionais do Irga diminuíram a área nesta temporada. “A menor redução foi na Zona Sul, com 14,99%”, relata a diretora. Já a soja em terras altas foi prevista em 505 mil hectares no estado, alta de 19% em relação a 2021/22, quando atingiu 426 mil hectares. “A soja está bem estabelecida na rotação como o arroz”, complementa.
A situação das lavouras gaúchas de arroz, em função da seca que assola o Rio Grande do Sul, também preocupa.
A afirmação foi feita pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
“Grande parte das lavouras está em fase reprodutiva, o que é muito preocupante”, explica Velho, acrescentando que o custo de produção também deve ter atenção total dos rizicultores. “A situação é mais crítica na parte Central e Fronteira Oeste gaúcha”, acrescenta.
Conforme o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz, Rodrigo Machado, 12 mil hectares plantados com o cereal já foram abandonados na Fronteira Oeste. “Uruguaiana, Maçambará e São Borja são as cidades que têm a pior situação”, enumera. “Na Depressão Central, são mais 2,1 mil hectares abandonados”, frisa.
De qualquer forma, mesmo com o déficit hídrico atual, ainda é cedo para estimar a produção de arroz da safra 2022/23, segundo Machado. “A colheita é muito incipiente”, pondera. “Qualquer estimativa agora é precipitada”, adverte.