Boas perspectivas para as novas safras pressionam soja e milho

Os contratos futuros de commodities operam em queda na abertura da bolsa de Chicago desta quarta-feira (8/1).

A soja para março cai 0,4%, cotada a US$ 9,9325 por bushel diante das boas perspectivas para a produção brasileira, que deve ter uma safra recorde.

A queda, no entanto, é limitada pela melhora no valor do óleo, após Trump ter ameaçado novamente o Canadá com a aplicação de altos tarifas contra seus produtos, incluindo o óleo de colza, do qual os EUA são os principais compradores, aponta a consultoria Granar.

Os futuros de milho com entrega para março são negociados a US$ 4,5600 por bushel, uma queda de 0,44%. As boas perspectivas para a nova safra na América do Sul e o aumento da oferta de grãos dos Estados Unidos no mercado físico, impulsionados pelas elevadas cotações do forrageiro, pressionam os preços do milho para baixo.

Contudo, as perdas são limitadas pela robusta performance das exportações americanas e pela expectativa de um possível ajuste nas previsões de estoques finais dos EUA, a ser divulgado pelo USDA na sexta-feira (10/1), em seu relatório mensal de estimativas agrícolas.

O trigo, por sua vez, opera em baixa de 1,2% nos contratos para março, a US$ 5,3600 por bushel, influenciado pela realização de lucros e a renovada força do dólar contra o euro.

Exerce pressão altista a desaceleração das exportações da região do Mar Negro e a possibilidade de que o recente vórtice polar registrado no Canadá e nos EUA tenha danificado as lavouras de inverno, diz a consultoria.