A carne bovina produzida no Brasil pode ser comercializada para o México a partir desta semana. O país abriu o mercado para o produto brasileiro com a habilitação de 34 plantas frigoríficas, segundo informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta terça-feira (7).
“É um momento histórico para as relações comerciais brasileiras, especialmente para a carne bovina. O Brasil mostra a potência e a grandiosidade da sua pecuária e a expansão de mercados está se tornando uma grande oportunidade para a retomada do crescimento desta atividade econômica. Habilitar 34 plantas frigoríficas para o México é um sonho de mais de uma década que o Brasil tinha e conseguimos realizar”, detalhou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Estados que podem exportar carne bovina para o México
O Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar do México (Senasica) publicou na segunda-feira (6) as Fichas de Requisitos Zoossanitários (HRZ), por meio das quais estabelece as condições sanitárias para a importação de carne bovina segura originária de duas regiões do Brasil.
A primeira refere-se a Santa Catarina, cujo status sanitário reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) é livre de febre aftosa sem vacinação – mesmo reconhecimento do México -, pelo que esta entidade poderá exportar carne com osso fresca, refrigerada ou congelada.
A segunda região abrange as importações dos seguintes unidades brasileiras: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, reconhecida pela OMSA com o status de livre de febre aftosa com vacinação.
Segundo os técnicos da Direção-Geral de Sanidade Animal (DGSA), para eliminar qualquer risco sanitário relacionado com a febre aftosa, os produtores desses 14 estados poderão exportar para o México apenas carne maturada e desossada, a mesma exigência imposta recentemente à Argentina e há 17 anos para importar carne do Uruguai.
Vaca louca
Sobre o caso suspeito de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), chamada também de “mal da vaca louca”, detectado pela autoridade sanitária do Brasil no fim de fevereiro em um animal de nove anos do município de Marabá, no Pará, o Senasica informou que em 3 de março foi comunicado pelo Ministério da Agricultura brasileiro que o laboratório de referência da OMSA localizado em Alberta, no Canadá, confirmou que se trata de um caso isolado de EEB atípica tipo H.
Fonte: Canal Rural
https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/brasil-pode-exportar-carne-bovina-ao-mexico-veja-estados-liberados/