Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, foram abatidos 29,80 milhões de cabeças de bovinos. A quantidade de abates representa alta de 7,5% frente ao ano anterior, após dois anos de retração na atividade.

Quanto ao abate de frangos, no acumulado de 2022, foram abatidas 6,11 bilhões de cabeças, registro de estabilidade (-1,26 milhão de cabeças) em relação ao ano de 2021.

Em relação aos suínos, em 2022 foram abatidos 56,15 milhões de cabeças, novo recorde da pesquisa, com alta de 5,9% (+3,10 milhões de cabeças) em relação a 2021.

A aquisição de leite cru acumulada em 2022 foi de 23,85 bilhões de litros, uma queda de 5,0% frente a 2021. Foi a segunda redução consecutiva após o recorde de 2020.

A produção de ovos de galinha em 2022 foi de 4,06 bilhões de dúzias, um recorde na série histórica, com alta de 1,2% frente 2021, quando a produção também foi recorde.

No 4º trimestre de 2022, o abate de bovinos aumentou 7,7%, o de suínos cresceu 3,4% e o de frangos subiu 2,2% ante o mesmo período de 2021. Frente ao 3o trimestre de 2022, o abate de bovinos caiu 5,4%, o de suínos recuou 4,0% e o de frangos subiu 2,2%.

A aquisição de leite foi de 6,29 bilhões de litros, com redução de 3,2% ante o 4º trimestre de 2021 e alta de 2,5% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes subiu 5,4% frente ao 4º trimestre de 2021, e recuou 4,6% ante o trimestre anterior, somando 7,62 milhões de peças de couro cru.

Foram produzidas 1,04 bilhão de dúzias de ovos de galinha no 4º trimestre de 2022, alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1,0% frente ao trimestre anterior.

Abate de bovinos volta a subir em 2022

Em 2022, foram abatidas 29,80 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal), com alta de 7,5% frente ao ano anterior.

Esse resultado interrompeu a série de dois anos consecutivos de retração na atividade. Todos os meses apresentaram variação positiva em relação aos respectivos períodos de 2021, com destaque para setembro, quando foi registrado um aumento comparativo de 33,6%.

No ano passado, foi retomado o abate de fêmeas após três anos de retração, com alta de 19,1% ante o ano anterior. Nesta comparação, houve queda de 8,5% nos preços médios do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Escola Superior de “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq-USP). O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (1,99 milhões de toneladas), na série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O abate de 2,09 milhões de cabeças de bovinos a mais, ante 2021, foi causado por aumentos em 23 das 27 unidades federativas (UFs) do país. As maiores altas foram em:

 

1. São Paulo (+529,27 mil cabeças);

2. Mato Grosso do Sul (+320,74 mil cabeças);

3. Minas Gerais (+229,26 mil cabeças);

4. Rondônia (+182,11 mil cabeças);

5. Pará (+171,93 mil cabeças); e

6. Tocantins (+153,95 mil cabeças).

 

Já as maiores quedas ocorreram em Goiás (-22,62 mil cabeças) e Santa Catarina (-5,89 mil cabeças).

Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2022, com 15,8% da participação nacional, seguido por São Paulo (11,5%) e Mato Grosso do Sul (11,0%).

No 4º trimestre de 2022, foram abatidas 7,49 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve alta de 7,7% frente ao 4o trimestre de 2021 e redução de 5,4% em relação ao 3º trimestre de 2022.

O abate de 533,10 mil cabeças de bovinos a mais no 4º trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado por aumentos em 21 das 27 UFs.

Abate de suínos cresce 5,9% e atinge patamar recorde

Em 2022, foram abatidos 56,15 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 5,9% (+3,10 milhões de cabeças) em relação a 2021 e um novo recorde para a pesquisa.

Todos os meses de 2022 registraram variações positivas em relação ao ano anterior, e em maio houve a maior alta (+417,01 mil cabeças). No acumulado de 2022, as exportações de carne suína in natura mantiveram-se em um patamar elevado, -0,1% abaixo do recorde do ano anterior. O panorama para a suinocultura continuou desafiador, com altos custos de produção e oferta abundante, o que afetou o retorno da atividade para os produtores.

O abate de 3,10 milhões de cabeças de suínos a mais em 2022, ante o ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 UFs participantes da pesquisa. Houve aumentos em: Santa Catarina (+972,43 mil cabeças), Paraná (+735,94 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+404,69 mil cabeças), São Paulo (+355,54 mil cabeças), Minas Gerais (+281,59 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+236,06 mil cabeças) e Goiás (+49,13 mil cabeças). Em contrapartida, houve queda em Mato Grosso (-51,68 mil cabeças).

Santa Catarina manteve a liderança em 2022, com 28,5% do abate de suínos nacional, seguido por Paraná (20,4%) e Rio Grande do Sul (17,3%).

O abate de suínos somou 13,89 milhões de cabeças no 4º trimestre de 2022, com alta de 3,4% ante o mesmo trimestre de 2021 e queda de 4,0% frente ao trimestre anterior. Foi o melhor 4 trimestre da série histórica, desde 1997, com aumentos em 16 das 24 UFs participantes da pesquisa.

Abate de frangos é o segundo maior da série histórica

No acumulado do ano passado, foram abatidas 6,11 bilhões de cabeças de frango, registro de estabilidade (-1,26 milhão de cabeças) em relação ao ano de 2021.

Esse resultado foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 1997, superado apenas pelo de 2021. Na comparação mensal, janeiro, fevereiro, março, abril e julho registraram quedas do abate ante o ano anterior. Entre os meses com aumentos do abate, agosto (+13,00 milhões de cabeças) e dezembro (+14,43 milhões de cabeças) foram os destaques.

Em 2022 foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura. Ante 2021, somente em julho, setembro, outubro e dezembro houve quedas das exportações. O mercado interno, com oferta mais ajustada em boa parte do ano, favoreceu os preços da avicultura.

O abate de 1,26 milhão de cabeças de frangos a menos em 2022, em relação ao ano anterior, foi determinado por reduções no abate em 10 das 25 UFs que participaram da pesquisa. Houve quedas em Santa Catarina (-31,81 milhões de cabeças), Minas Gerais (-11,92 milhões de cabeças) e Rio Grande do Sul (-10,44 milhões de cabeças).

Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Paraná (+41,42 milhões de cabeças), Mato Grosso (+9,52 milhões de cabeças), Goiás (+4,21 milhões de cabeças), Bahia (+3,45 milhões de cabeças), São Paulo (+2,26 milhões de cabeças) e Mato Grosso do Sul (+119,78 mil cabeças). Paraná continuou liderando o ranking das UFs no abate de frangos em 2022, com 33,5% de participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul (13,4%) e Santa Catarina (13,1%).

No 4º trimestre de 2022, foram abatidas 1,56 bilhão de cabeças de frango. Esse resultado significou um aumento de 2,2% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e alta também de 2,2% na comparação com o 3º trimestre de 2022.

Foi estabelecido novo recorde trimestral na série histórica da pesquisa, iniciada, em 1997, e os melhores registros foram em novembro e dezembro. O abate de 34,35 milhões de cabeças de frangos a mais no 4º trimestre de 2022, em frente a igual período do ano anterior, foi determinado pelo aumento no abate em 16 das 25 UFs que participaram da pesquisa.

Aquisição de leite cai pelo segundo ano consecutivo

Em 2022, os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 23,85 bilhões de litros, com queda de 5,0% frente a 2021.

Nenhum mês apresentou variação positiva ante 2021 e a variação negativa mais significativa foi a de janeiro (-253,72 milhões de litros). O ano de 2022 foi marcado pelo alto custo de produção e por secas no Sul do Brasil, ocasionadas pelo fenômeno La Niña. A restrição da oferta de leite levou a cotações recordes no terceiro trimestre e ao aumento das importações para atender às indústrias. Esses fatores, combinados à demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos, contribuíram para a queda da captação de leite no comparativo anual.

Houve retração de 1,27 bilhão de litros de leite em nível nacional frente a 2021, relacionado à redução no volume captado em 19 das 26 UFs participantes da “Pesquisa Trimestral do Leite”. As quedas mais intensas foram em Minas Gerais (-353,18 milhões de litros), Goiás (-274,17 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-209,45 milhões de litros), São Paulo (-163,42 milhões de litros) e Paraná (-84,98 milhões de litros).

Houve altas em sete estados, e as mais expressivas foram em Sergipe (+78,28 milhões de litros), Santa Catarina (+31,52 milhões de litros) e Ceará (+28,38 milhões de litros).

Minas Gerais manteve a liderança no ranking das UFs, com 24,5% de participação nacional, seguida pelo Paraná (14,3%) e Rio Grande do Sul (13,3%).

A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no 4º trimestre de 2022 foi de 6,29 bilhões de litros. O valor correspondeu a redução de 3,2% em comparação ao volume registrado no 4º trimestre de 2021 e aumento de 2,5% em comparação ao obtido no trimestre imediatamente anterior.

Aquisição de couro aumenta 2,4% em 2022

Em 2022, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 30,11 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, com alta de 2,4% frente ao ano anterior. Assim como na pesquisa do abate, o mês de maior variação foi setembro (+22,7%).

O aumento de 823,91 mil peças inteiras de couro, frente a 2021, foi influenciado pelo maior recebimento de peles bovinas em 13 das 18 UFs incluídas na pesquisa. As maiores altas foram em Mato Grosso do Sul (+347,86 mil peças), Rondônia (+247,75 mil peças), Mato Grosso (+181,41 mil peças), São Paulo (+117,90 mil peças), Rio Grande do Sul (+58,12 mil peças) e Paraná (+22,19 mil peças). A queda mais intensa foi em Goiás (-57,41 mil peças).

Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2022, com 16,6% de participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,8%) e São Paulo (11,1%).

Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro — aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano — declararam ter recebido 7,62 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 4º trimestre de 2022. Essa quantidade representa um aumento de 5,4% em comparação à registrada no 4º trimestre de 2021 e redução de 4,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Produção de ovos de galinha sobe 1,2% em 2022 e bate novo recorde

No ano de 2022, a produção de ovos de galinha foi de 4,06 bilhões de dúzias, um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior. Foi o maior valor já registrado na série histórica da pesquisa, resultando em mais um ano de recorde de produção.

O aumento generalizado da inflação no setor de proteína animal contribuiu para o consumo interno de ovo, fonte mais acessível, em termos absolutos, em comparação às carnes. Outros fatores que afetam a cadeia produtiva observados desde 2020, como altos custos de produção e baixas margens para os produtores, persistiram ao longo de 2022.

A produção de 47,71 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, frente a 2021, foi consequência do aumento de produção em 16 das 26 UFs no universo da pesquisa. As maiores altas se deram em cinco mercados:

 

1. Ceará (+15,13 milhões de dúzias);

2. Paraná (+11,74 milhões de dúzias);

3. Minas Gerais (+9,63 milhões de dúzias);

4. Maranhão (+8,25 milhões de dúzias); e

5. Tocantins (+7,32 milhões de dúzias).

 

A queda mais intensa foi no Espírito Santo: -11,90 milhões de dúzias.

São Paulo, que teve uma queda de 0,1% em sua produção ante o ano anterior, continuou liderando o ranking anual dos estados em produção de ovos de galinha, com 27,1% da produção nacional, seguido pelo Paraná (9,4%), Minas Gerais (8,9%) e Espírito Santo (8,4%).

A produção de ovos de galinha no 4º trimestre de 2022 chegou a 1,04 bilhão de dúzias. Essa foi a primeira vez em dois anos, que houve aumento entre 3o e 4o trimestres. O 4º trimestre de 2022 registrou a maior produção já estimada pela pesquisa, com recorde para os três meses, sendo que outubro contabilizou o maior patamar mensal já computado.

A partir do 4º trimestre de 2022, passam a ser apresentados os dados revisados da série histórica da pesquisa (desde 1997) para frangos, com à identificação de registros de peso vivo de frangos em vez de peso de carcaça. Foram implementadas novas críticas de entrada de dados e relatórios.

 

Fonte: Canal Rural

Em 2022, abate de bovinos volta a subir e produção de ovos de galinha bate recorde