A China deve aumentar os esforços para impulsionar a produção de soja e óleos comestíveis. A agência de notícias chinesa, Xinhua, informou, na segunda-feira (13/02/2023), que o governo busca a autossuficiência nos principais alimentos consumidos, o que envolve incentivo à produção de transgênicos.
O país asiático é o maior importador mundial de soja e busca reduzir sua dependência nas importações de oleaginosas, levando em conta os impactos da pandemia, das crescentes tensões comerciais globais e da maior recorrência de desastres climáticos. A população chinesa supera 1,4 bilhão de pessoas.
Em relatório anual com as diretrizes agrícolas, conhecido como o “Documento nº 1”, o Conselho de Estado chinês reiterou a meta de aumentar a capacidade produtiva de grãos em 50 milhões de toneladas. Atualmente são mais de 650 milhões de toneladas.
Conforme a Xinhua, o governo chinês deve buscar aumentar os rendimentos do milho, dar mais suporte a triticultores, e promover “vigorosamente” a produção de colza e de outras oleaginosas menos conhecidas, como a camélia.
Biotecnologia dos transgênicos
A comercialização de milho e soja transgênicos deve acelerada, ainda que não tenha sido estabelecido um prazo para o lançamento das biotecnologias. Muitos participantes do mercado esperam algo já para este ano.
Dependência e comércio da China
O documento disse que a China deve promover a redução do uso do farelo de soja nas rações para uso animal, visando diminuir a dependência pelas importações de soja. Por outro lado, o governo reconhece o papel da oleaginosa no comércio exterior e disse que deve “implementar a estratégia de diversificação das importações agrícolas completamente”.